O ALVORECER
O Sol vem surgindo por traz dos montes, vem tingindo os horizontes, brilhando com cores, ainda tímidas, livra-se de uma pequena nuvem e se mostra por inteiro, numa linda alvorada, despertando a passarada, deixando para traz a madrugada, abrindo-se a cortina de mais um lindo dia.
As andorinhas, apressadas em bando, riscando o céu, como uma flecha disparada, nessa linda e alegre alvorada.
O gorjear mavioso dos rouxinóis apaixonados e outros pássaros cantores completando a linda sinfonia. As pombas e as rolas, alegremente arrulhando a suas companheiras, alegrando o novo amanhecer.
O desabrochar das orquídeas e bromélias, e outras flores do campo, sugando a última gota de orvalho para uma bela e nova florada, estação das flores, iniciando-se a esperada primavera.
O Astro-Rei com sua luz, ainda, tênue, branda, dissipando o sereno das manhãs, agora claras e amenas. Céu azul, com pequena aragem do oriente, em direção ao poente.
Alguns tresnoitados, embriagados em algazarra, depois das baladas, atrapalhando o merecido repouso daqueles que ainda dormem.
Os padeiros madrugadores, agitados, para fazer os pães quentinhos, de todo dia, para sua grande e exigente freguesia.
Os trabalhadores da cidade, atrasados, dirigindo-se aos trabalhos, pelas noites mal dormidas, ainda sonolentos, para ganharem os sustentos das famílias.
Nas fazendas os galos cantam em tom alegre, despertando a gente simples do campo, que inicia a árdua labuta, da grande jornada, sob penoso trabalho e de incessante faina.
As vacas mugem nos currais na hora da ordenha, que produzem o leite das crianças, ávidas pelo precioso alimento, a primeira refeição do dia, que é um revigorante sustento.
Os peões em seus cavalos treinados e ligeiros, em galopes, juntando os gados nos currais das fazendas para a aplicação das vacinas, para a saúde dos rebanhos.
Nas freguesias, os sinos das capelas, em sons melódicos anunciam aos devotos para a primeiras orações de um novo amanhecer.
Inicia-se, então, um novo dia…
Republicado com modificações.