AS QUATRO ESTAÇÕES
O Inverno quando chegar, quero está ao seu lado,
te protegendo e te aquecendo do frio intenso, segurando
as suas mãos geladas e enrugadas,
serei a sua lareira para aquecer seu corpo frio,
as suas noites ficarão tão exitantes,
que de tão quentes que se tornará Verão,
então, tirarei suas vestes para te refrescar, te admirar,
quero você como veio ao mundo, nua e linda.
Talvez lhe dê palmadas para que chore e eu ouvirei atento
os seus suspiros e soluços,
depois tomaremos banho na chuva passageira de verão,
brincaremos de esconde-esconde, rindo e nos tocando,
exaustos sentaremos na grama à espera da Primavera.
Nela, irei plantá-la no jardim do meu coração, você será a
única flor, soberana, com sua linda cor e beleza ímpar,
exalando seu fragrância única, doce/amarga do seu sexo.
O Outono não tardará a chegar para que
seu fruto brote pequeno e macio,
como uma maça eu o colherei ainda verde,
segurando cuidadosamente entre as minhas mãos quentes,
amadurecendo-o, porém ele não serás um fruto proibido.
Eu o regarei todas as noites, derramando meu sêmen,
meu leite de prazer em sua raiz.
Suas sementes serão espalhadas em meu coração.
Para que não pereças jamais.
Roberto Ornelas
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