Histórias da vida em poesia
Sou da vida viajante, um diligente contador
De história, que não são mera coincidência,
Todas são autênticas - traduzem
O imo da existência.
Meu olhar é por vezes ofuscado pela aguda luz
Da escuridão.
Não obstante, aprendi no afã da jornada nutrir à calma,
Sem delírios, a produzir colírios que curam a alma.
Transcendem a razão, renovam-se olhares –
restaura a visão.
Nessa ida abarrotada de vindas, vejo:
Estranhas paisagens, Cordilheiras de (pessoas)
Desmoronando-se.
Subjugadas pelas errôneas sortes lançadas,
Bel-prazer...
Assim, assisto através das janelas d’alma,
Um filme triste de se ver.
Cenas não profetizadas, não sonhadas,
Perderam-se no curso.
São artes dramáticas da vida; é preciso atuar,
Rever o percurso.
Nesses atores não vejo resiliência; fugiu a inocência,
O que pensar?
Difícil falar... não profetizo, apenas poetizo:
“As pessoas odeiam amar”.
E nessa turnê de descrever as histórias da existência,
Continuo contando e, hoje, em poesia profetizando:
Se as pessoas parassem de brincar e aprendessem
A amar, o mundo teria mais cor; haveria paz,
Existiria mais amor.
Surgiriam novos cenários, não se desmoronariam
As cordilheiras
E as alegrias, não seriam tão passageiras...
Por fim, sigo percorrendo meu caminho,
Vigilante...
Pois, sou da vida viajante,
Diligente contador, de histórias da existência.