NO ESCURINHO DO CINEMA
No escurinho do cinema,
Eu pegava na mão da Helena.
Nós os dois muito envergonhados,
Porém, muito apaixonados.
Veio-me essa lembrança agora.
Assim, do nada!
Depois de cinquenta anos, ou mais.
Amei recordar esses momentos!
Por onde andará essa danadinha?
Que fazia o meu corpo tremer.
O meu coração acelerar.
Quase a sair pela boca.
Isso eu nunca contei a ninguém.
É segredo.