Rio

Da nascente aos vastos leitos e cursos

Segue o rio com suas águas.

A sua volta, belas margens que delimitam

O seu trajeto no fluxo da vida –

Que é uma dádiva do Eterno.

Ó rio! esplêndido, exuberante e veloz,

Teus afluentes coadunam contigo,

Na incumbência de constituir a confluência,

Que definirá o teu curso, para não te perderes

No percurso, em rumo à foz.

Tuas céleres correntes viajam

Pelo âmago da talvegue do coração,

Transportando afluentes de amor.

E nas perdidas e encontros de teu curso,

Lembre-se: jamais siga a montante.

O teu caminho é único, sempre a jusante,

Pois, não podes retroceder a montante.

Prossiga rumo à foz, porquanto

É preciso navegar.

Navegar... Pelo Rio do caminho –

D’águas cristalinas e calmas,

É a viagem que preciso fazer.

E ao chegar, lá no horizonte d’alma,

Onde se unem terra, céu e mar,

No crepúsculo do desaguar das águas

Do rio, mergulharei nas profundezas do oceano

Do criador.

Rio! no teu doce percurso

Que jamais muda o curso – de amor,

E nas tuas águas; tão seguras, eu desejo navegar.

Dilo Ormund
Enviado por Dilo Ormund em 08/11/2016
Código do texto: T5817560
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