Hoje, sempre e todo sempre
Já fui uma pessoa de me entregar pelos amores; de ficar contando as flores no meu jardim; de abrir um portão e entregar o meu coração. Tudo parecia uma verdadeira fantasia. Era o que talvez compreendia. Assim, eu tinha vários motivos para dançar e me soltar.
O tempo foi me apagando aos poucos. O imenso azul da minha vida foi sumindo. Fui ganhando novas tonalidades. Criando para minha história novas realidades. Eu resolvi tirar meus olhos da areia. Comecei a caminhar pelas beiras do mar. No horizonte, eu pude olhar algo vazio; neutro; frio.
Por si só, decidi por me reconhecer. Quem sabe novamente florescer no meio dos campos... Hoje, sempre e todo sempre.