O ANOITECER

O Sol vai descendo, com seus raios enfraquecidos, a claridade pouco a pouco diminuindo. O horizonte vai se tornando alaranjado, tênue, avermelhado, os montes se ofuscando. A tarde se envolve em sombra, a aragem da noite, vai surgindo, os pássaros em bandos voando, procurando o seu abrigo, onde fixaram suas moradas, abrigando-se do frio ar da noite que vem chegando.

Os picos das montanhas, já envoltos em neblinas ou densas brumas. As primeiras estrelas aparecem pálidas, sem luz, sem cor e sem brilho. Amantes noturnos, os urutaus e as corujas em cantos lúgubres e soturnos, piam. As onças pardas , ou suçuaranas, os lobos guará, os quatis, os saguis, seus abrigos buscam.

A noite chegou, como um manto escuro cobriu o dia, os astros estão em pleno brilho. A lua prateada, meio encoberta por nuvens azuladas, dá um tom de melancolia. Foram-se as névoas, retiram-se as brumas, o céu de azul se tingindo. O dia se esmaece, a noite esplendorosa e aveludada desce.

No belo firmamento, acompanhada de mais de mil faiscantes estrelas, a Lua, bela e prateada, no céu de anil resplandecente, para a alegria dos namorados, apaixonados e cancioneiros. Os sinos nas capelas repicam em triste tom, nesse solene momento. É a hora das badaladas da Ave-Maria.

Republicação

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 08/11/2016
Reeditado em 08/11/2016
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