De Cima da Montanha de Pó

Todos que a mim veem, como podem de mim gostar?

Se sou ótimo, é sempre menos do que vossos olhos possam fazer brilhar, nada que possa ser eu pode existir para além de mim. Nada sou e continuo a vos ludibriar com isso; que raiva a minha gritar e todos acharem bonito. - Não é! Sinto-me só, mas não sou de companhia, quem dá-se bem com o mundo, não dá-se bem consigo mesmo. Só assim enxergo minha falta de propósito, e que só a vocês diz alguma coisa e que só vocês podem ver beleza.

É pena, se vos pedir socorro ainda é capaz de tornar isso um espetáculo, quando o que quero é admitir-me uma nódoa, um falhanço - um fiasco. Por algum motivo, os deuses fazem-me vestir roupas belas para que só eu possa rir de mim. Sou um palhaço triste.

De cima da montanha de pó - M. Eleazar Qzaeeth

Hernán I de Ariscadian
Enviado por Hernán I de Ariscadian em 06/11/2016
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