ENCANTOS

Encantos

04nov16

As vezes matamos nossos ídolos, por uma simples necessidade de mudarmos, de não nos sentirmos fracos, ultrapassados, irreais.

Não aceitamos que alguém seja feliz independentemente de ter ou não ter dinheiro. De viver ou não viver a nossa fantasiosa realidade. Não aceitamos que dinheiro é consequência e não meta, objetivo, finalidade.

Não aceitamos que as realidades nada mais são que irrealidades experimentadas. Verdades são definitivas e se não são concretizadas, seguramente, é por causa de uma mentira, de uma negativa contraria a um sentimento real e verdadeiro.

Somos seres mentirosos que por nosso proveito próprio, ou por demérito de uma verdade sentida, negamos o que sabemos ser real.

Não se procura o conteúdo. Hoje queremos o aceitável. Negamos o que acreditamos pela aceitação do crível que justifica o que fizemos ou deixamos de fazer.

Vivemos um faz de contas que termina num the end. Porque não somos capazes de nos fazermos felizes, de criarmos desafios e ultrapassa-los, de viver ou criar experiências, de contradizer, de contradizer o contradito.

Chega humanidade humilhada, humildemente megalomaníaca.

Viva humanidade, desafiada, capaz de alterar o comum, fazendo a comunidade mudar, e de individualmente sermos coletivamente felizes.

Salve o amor, a paixão, a entrega, o não medo, o desafio, a verdade,

a espera, o aqui estou, o te espero.

Até sempre, pra você que me deixou lembranças.

Geraldo Cerqueira