Prato Feito

Prato Feito

Como querer temperar isso que sou, faz ... e depois é um quê “di eu” fazer o levante dos lucros e das perdas! Dá até medo! sobra cacos pra tudo “quinté” lado, alguns desconheço a origem. Mas, e o bom? Hum!!!! aquelas preciosidades vistas somente com lupa, brilham mesmo que debaixo do velador, somente eu sei ...

Porque tem que ser assim? Pelo destempero vivo repetindo o que sempre fui, isso que vem de dentro. Da semente, no ventre da mãe pulsava o que havia decidido antes de ser nela.

Mexo aqui nos guardados, passo refletir...sem precedente...cada objeto que sai tem justamente minha cara, beiços e ajeitares; um diferente do outro, nenhum conhecia antes de serem. Meu “Eu”, esse do ontem e de hoje nos dias não foi feito para ser compreendido, inclusive por mim dos motivos de ser assim; açúcar, sal, pimenta e manjericão. Depois dizem que isso é “menu”!

Caso meus irmãos de caminhada gostassem dos pratos que me sirvo de tempo em tempo, queria que fossem servidos a eles e as crianças, dançaríamos em harmonia numa festa promovida por mim aos homens do céu e da terra; anjos e arcanjos, príncipes, plebeus, deuses e toda ordenação celeste, até os debaixo que quisessem participar do renascer na bem aventurança estariam convidados . Pagaria a conta com a reserva da moeda corrente que proponho a mercancia, unidade de amor incondicional em moeda quântica produzida na minha consciência pagã. Contrataria os melhores cantores da humanidade, que cantam e encantam até na essência, para no evento movimentar o corpo sutil dos presentes pela voz.

Porque isso que sou não tem nome, nem identidade, vive me dando surpresa com sua presença inexprimível, mas que inebria, até ao ponto de olhar com indiferença meu sofrimento e autoflagelo na luta em superá-los com desperdício de energia. É o que dá força e significação de ida.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 03/11/2016
Reeditado em 03/11/2016
Código do texto: T5812046
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