FUGA DE POETA
Fujas enquanto há tempo!
Nunca denominada musa,
já definha em mim a poeta.
Chegas de soslaio,
pedindo um abraço,
um selo nos lábios.
Nem percebes,
meu desencantamento.
Só tenho ferrolhos,
algemas e fantasmas,
rodeando os porões
de mim mesma.
Não venhas...
Não se entremeie
nos versos em teia.