FUGA DE POETA

Fujas enquanto há tempo!

Nunca denominada musa,

já definha em mim a poeta.

Chegas de soslaio,

pedindo um abraço,

um selo nos lábios.

Nem percebes,

meu desencantamento.

Só tenho ferrolhos,

algemas e fantasmas,

rodeando os porões

de mim mesma.

Não venhas...

Não se entremeie

nos versos em teia.

Railda
Enviado por Railda em 03/11/2016
Reeditado em 04/11/2016
Código do texto: T5811671
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