Aos velhos amigos
Ah meus velhos amigos!!!
Como é bom lembrar que ainda existam velhos amigos...amigos de anos...amigos de infância.
Amigos da época de criança onde a esperança era apenas esperar, e não esperançar...
Agora todos com alianças, muitos namorando, muitos sumiram, outros evaporaram...mas na memória sempre surge aqueles que me criaram.
É com amigos de tempos que entendemos o tempo.
Nossa criação e nosso amadurecimento tem um relação escolhida e não ditada.
Contrapartida e não partida.
Criada, elogiada e aplaudida pelos nossos amigos.
É meus amigos de infância !!!...
Jogos se foram e ficaram jogos mortais.
Sonhos se foram e ficou a realidade suada.
Sorrisos se foram e as lágrimas nem sempre são as mesmas de quando ganhávamos o troféu de bloco mais animado no carnaval de nossa terra.
O tempo valoriza, mas também machuca.
Lembranças alegram, mas também entristece.
É muito bom lembrar de vocês, mas é muito chato saber que existem momentos que gostaria de presença.
Apenas presença.
Sabe aquela lembrança de velório de pai?
um amigo só vai estar ali, sem falar nada...só presente.
Esta presença faz muita falta.
Chega a doer, porém deve doer mais saber que eu não tenha nenhum amigo de tempos que me ajudou a entender o poder do tempo.
Carência? Talvez! Qual escritor não é extremamente carente?
Saudades? Também....com certeza.
Mas então o que é?
Sabe suco batido no liquidificador dado à alguém que queira engordar?
- Então: misture saudades, boas lembranças, desejo de um forte abraço, vontade de chamar de "biscatinha" ou "enrustida", - misture tudo isto!
Em grandes quantidade.
É isto!
Aos meus velhos amigos!