Decalque da fagulha n.4
A beleza sincera é sutil, sorrateira e quase sempre desligada. Surge dum rompante e deixa seu eco na lembrança que martela. Está na percepção fugaz e desinteressada de um abrir de plumas de um pavão ou numa risada ingênua de uma criança pobre no farol. É isso, apesar da feiura que está presente nas prisões da vaidade e da desigualdade social. Entre o ser do instante e o parecer da imagem mnemônica há desgaste suficiente que confirma a condição de liberdade do belo.