CACHACEIRO
Cuspindo azedo
tremendo os dedos
lá vai o cachaceiro...
Sonhos, euforia e alegria,
um litro sustentado pelo gargalo
cindo dedos arrochando a confusão.
álcool, motivo de grandes cuidados,
por ele o cacheiro... Proteção.
Corpo passado pelos dias
odor de restos que nem moscas provam,
cão... Lambeu, caiu.
O cachaceiro ébrio esta sempre
cambaleando e jogando conversa fora
Nesse momento, enfim é: Rei do mundo,
entende de tudo nesse momento,
não precisa mais de nada.
Ama de mais, e bebe pela amada
sim... Hip, hip! Mais uma saideira
para rebater o pó da poeira
Um calombo na testa
feito por um poste hip, hip...
ainda falta uma dúzia de poste...
Dessa velha estrada.
Antonio Montes