Não temo a morte, porque haveria de a temer?

Não temo a morte, porque haveria de a temer?

Não somos eternos tudo tem um fim, e não

Será diferente para mim…

Não temo a morte… Porquê?

Talvez pela certeza ter, de que só fisicamente

Irei desaparecer, porque meu espírito noutro

Plano irá continuar a viver…

Não temo a morte, respeito-a…

Ou talvez tema a causa dela,

Porque nem todas os meios de morrer, são

Curtos e rápidos, há outros que nos levam

As dores intensas padecer…

Demora-se tempo demais a os olhos fechar,

Os sentidos a adormecerem, para na eternidade

Se pudermos e a isso direito termos descansar…

Não temo a morte, sinceramente há que aceitar

O destino que nos está traçado, e seja a causa que for,

Ela há-de vir-me buscar, e eu de boa vontade irei,

Livre do corpo/da matéria, da mente, só o espírito

Ansioso e preparado para as portas do céu passar

E aos pés da Luz do meu Criador eu ajoelhar, e perdão pedir…

Ah, não temo a morte, e como não há como lhe fugir,

A única coisa que lhe pedirei antes de com ela me levar,

É que me deixe dos que eu amo despedir,

Que me dê tempo rosas no canteiro plantar,

Para quando a primavera chegar, elas possam florir,

E o coração, a saudade de quem me ama eternamente acalentarem…

Não temo a morte, e só tenho a agradecer, por mais uma vida

O Criador me ter dado para poder evoluir e a Ele poder ascender…

Maria Irene
Enviado por Maria Irene em 28/10/2016
Reeditado em 30/10/2016
Código do texto: T5806175
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