Não temo a morte, porque haveria de a temer?
Não temo a morte, porque haveria de a temer?
Não somos eternos tudo tem um fim, e não
Será diferente para mim…
Não temo a morte… Porquê?
Talvez pela certeza ter, de que só fisicamente
Irei desaparecer, porque meu espírito noutro
Plano irá continuar a viver…
Não temo a morte, respeito-a…
Ou talvez tema a causa dela,
Porque nem todas os meios de morrer, são
Curtos e rápidos, há outros que nos levam
As dores intensas padecer…
Demora-se tempo demais a os olhos fechar,
Os sentidos a adormecerem, para na eternidade
Se pudermos e a isso direito termos descansar…
Não temo a morte, sinceramente há que aceitar
O destino que nos está traçado, e seja a causa que for,
Ela há-de vir-me buscar, e eu de boa vontade irei,
Livre do corpo/da matéria, da mente, só o espírito
Ansioso e preparado para as portas do céu passar
E aos pés da Luz do meu Criador eu ajoelhar, e perdão pedir…
Ah, não temo a morte, e como não há como lhe fugir,
A única coisa que lhe pedirei antes de com ela me levar,
É que me deixe dos que eu amo despedir,
Que me dê tempo rosas no canteiro plantar,
Para quando a primavera chegar, elas possam florir,
E o coração, a saudade de quem me ama eternamente acalentarem…
Não temo a morte, e só tenho a agradecer, por mais uma vida
O Criador me ter dado para poder evoluir e a Ele poder ascender…