ALEGRIA A FUNERÁRIA
O alerta impregnado foi dado...
Lá se vai o carro de bombeiro
Sirene ligada velocidade em disparada
Com estardalhaço... Um chamado vai atender
Foi dado o tal alerta... Alerta!
De um carro tombado no asfalto
Tem gente... E alguém pode morrer!
Um ser de respiração fraca estirado
Ouça?! Um eco de pavor,
Um choro sobre o tempo
Desespero inteiro de um coração que ficou.
Mais um buraco sob a terra
Alegria escancarada da funerária
O segurado cantando, viva! Viva o seguro!
Vivas ao beneficiado que ficou
A morte lhes trouce amor
O morto viveu, mas nada! Nada levou.
Antonio Montes