A MURIÇOCA
... Muriçoca, que quando é noite
Soca o ferrão no couro das costas
Ferroa como se fosse broca
Então entorta com bolha que póca
E em frenesi cossa... Como cossa?!
Levanta calombo burla alergia
Às vezes, até febre... Que agonia!
Do que adianta mosquiteiro?
Se não consegue se esconder
Por toda noite e pelo dia inteiro?
O corpo agora esta perrengue
Todo pontilhado de mosquito
Contendo o liquido da dengue
Que sofrimento... Jesus Cristo!
Com toda essa aflição
Pobre sobre a lei do cão...
Relento frio água e sabão
Cordas correntes, mandão... Mourão
E sobre o sono, aquele presente
A velha marca de insônia
Pontilhada pelo ferrão.
Antonio Montes