EM QUALQUER ESTAÇÃO...
Lá se foi o amor espinho morrer na primavera,
Na chegada sem carinho do inverno na janela,
Proteção naturalmente concedida se tornando tão singela,
A cada impulsionar da brisa, uma briga se revezava na espera,
Se racharia o vidro ou se despencaria alguma pétala.
Na claridade do dia ou da noite de lua à fazer papel de vela,
Essa cena agressiva trazia-me algumas lembranças dela,
De quando um dia lhe disse: Quem ama, saiba, sempre zela,
A resposta foi tão fria, que de lembrar meu coração congela,
E entre chuvas, estiagens e poeira, a saudade se revelava,
Se bem que nunca esteve escondida, no peito se aconchegava,
Ah! Tolas mudanças de climas, sem propósito, estacionadas.