As mulheres em mim: Ana

Ana era um coração aberto a todo e qualquer sentimento bom. Para ela, todas as dores poderiam ser cuidadas com um olhar doce, um sorriso franco e um aconchegante abraço, além de bom café e generosa fatia de bolo de chocolate. Atenciosa, doava-se sem muitos senões. Era cheia de amor e o amor era seu. Não esperava do outro reconhecimento nem gratidão.

Esperava muito de si. Da vida, apenas dias iluminados e algumas tardes frescas. Quem sabe uma casinha com quintal em que coubesse um pé de jabuticaba ou cerejeira e muita poesia no passar dos dias. Um pouco de silêncio ou um bom amigo pra conversar vezenquando também cairia bem.

Luciana Gomes
Enviado por Luciana Gomes em 21/10/2016
Reeditado em 31/10/2016
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