Poesia da Noite

Parece que não tenho percebido o tempo passar

A única coisa que gostaria de ter

Já nem sei mais se devo querer

Então retorno, triste, a caminhar

O incrível alinhamento dos planetas

Me leva a refletir e a pensar

Nas responsabilidades que vem chegando

Na passagem do tempo e dos anos

Apenas isso já deveria ser o suficiente

Para tornar um coração triste em contente

Mas é que a solidão me acompanha

E está junto de mim nesses tempos

E o que tenho feito é fazer o que deve ser feito

Estudo, aprofundo, absorvo

E, por fim, faço um resumo do todo

Aprendendo mesmo nos dias mais quentes

Mesmo depois da noite chuvosa

Mesmo na tarde cinzenta

Em meio à cidade barulhenta

Surge a sombria poesia

Essa vertigem é que me consome

E me faz lembrar do teu nome

Entre as águas turbulentas

Em que navegam os meus pensamentos

Talvez tudo isso, toda essa poesia

Não passe de uma doce ilusão

A decepção de um sim ou de um não

No final não faz diferença

Esses versos fluem de uma inspiração passageira

Como a brisa que toca a folha em uma tarde de verão

E projeta sombra para os que ali estão

Da impetuosa friagem e da distância

Do tempo vago e da rima errante

A poesia é universal.

Jaime Carvalho
Enviado por Jaime Carvalho em 20/10/2016
Código do texto: T5797141
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.