Fragmentos do Livro - Histórias Contos e Amores
Sonhando
Acordei com saudade, tendo a sensação que em sonho visitei um passado distante. Pela pequena janela do Tapiri ouço algazarra de crianças e alegre escuto encantador rumor que fazem, parecendo passarinhos chegando aos ninhos. Pensamentos vagueiam minha mente congestionada ideando lugares e pessoas com imagens surreais que me faz pensar conhecer de algum lugar, talvez de um passado longíncuo.
Creio sim, nesta afirmação lógica, visto que fora desse corpo material, possuímos incomensuráveis atributos e possibilidades que desconhecemos, ou ainda não temos direito de usufruir devido nossa ainda, ínfima evolução espiritual. Quando do sono ao corpo retornamos de quase nada lembramos em razão da matéria densa do corpo que ocupamos. Dessa maneira diz quem procura diferenciar a matéria do espírito.
Quem sabe, caminhando a algum lugar deixarei para traz a triste e sentida saudade! Pensei. A clara e sorridente manhã despertava com ruas quase desertas, embora algumas pessoas caminhassem em direção a uma reserva florestal, resolvi segui-las na esperança de encontrar um lugar para destinar e acalentar pensamentos que afligiam o meu coração trazendo imensa saudade e um sentimento de tristeza que invadia meu ser.
Caminhei entre floridas e zeladas Alamedas embelezadas por Jatobás, Castanheiras carregadas de ouriço, Samaúmas, Imburanas de cheiro, Caranapaúba, Pau-d’arco, Breu, Cajueiro, e tantos outros vegetais que agradam os meus sentidos. Qual criança travessa, sonhando um sonho de alegria buli numa Samaúma admirando sua suntuosidade, meu coração boiava na alegria.
Num doce acalanto a manhã despontava e o vento mimava meu rosto que tinha um sorriso de luz do amanhecer, eu pisava no chão coberto de folhas molhadas pelo orvalho, um gavião-rei pousava faceiro numa pomposa Caranapaúba, e no céu, Araras voavam, certamente em busca do primeiro alimento, e outros passarinhos trilavam com alegria sonorizando e pintando uma exuberante tela da Natureza, e meus pensamentos já vagueavam sem aflição. Nessa caminhada me deparei com um Igarapé de água cristalina onde peixinhos coloridos nadavam e se acarinhando pintavam uma belíssima paisagem. Resolvi então, sentar à sombra de um viçoso Jatobá para melhor observar o aprazível Santuário. Num venerável silêncio comecei a refletir sobre a perfeição da Natureza, imaginando ser no sagrado silêncio que, choramos, sorrimos, nos alegramos, amamos, gozamos e falamos com o Criador.
Folhas verdes conservavam o orvalho da manhã que se derramava sobre galhos caídos, e sobre eles minúsculos insetos caminhavam, e entre tantos, as formigas seguiam minúscula trilha de contornos definidos penetrando nas rachaduras da úmida Terra enriquecida por nutrientes naturais. Eu me encontrava completamente envolvido e embasbacado com a manifestação da Natureza descobrindo um mundo diferente em que eu me envolvera sem sentir nenhuma ligação com o que experimentara antes; a saudade que revelara uma tristeza doída.
Agora, com o pensamento direcionada à exuberante floresta, refletia sobre a perfeição da sublime Natureza numa vibração de Luz Celestial. Raios do Sol penetravam por entre os galhos floridos do Jatobá, e a suave brisa da manhã afagava minha mente tingida de contemplação num esplendoroso acalanto das matas e das águas. Meu ser revigorado vibrava de felicidade e alegria, sentindo um sublime perfume no frescor da manhã.
Uma bela árvore denominada Breubranco se apresentou afirmando que sua resina secretada e queimada poderia ser utilizada para curar; dores de cabeça, insônia de criança espantada, cicatrizar cortes e afastar energias ruins, trazendo as boas. Com clareza Breubranco contou sua história dizendo:
— Nasci num lugar no Norte da África, filho de um mandatário de uma nação pouco desenvolvida que acreditava em vícios malfazejos. Este rei era um homem de grandes virtudes e compreendia as crenças do povo e eu era seu filho conhecido por príncipe Breu. O sábio rei confiou a mim a missão de afastar seu povo da ilusão daquelas crenças. A Natureza havia me concedeu o direito de ser um sensitivo, e ao visitar as tribos do reinado afastava a energia ruim que dominava os lugares e as pessoas, despedindo-a com minha força mental, ainda que praticasse algum ritual era para satisfazer a compreensão deles. Muito sentido com o sofrimento dos súditos do meu rei, um dia pela força da Natureza me encantei nessa árvore que sou, dando continuidade à missão que me foi confiada, afastando das pessoas e, dos lugares, doenças físicas, mentais e forças maléficas, despedindo-as para outras dimensões inferiores.
Com o pensamento sonhando a beleza da floresta, sublime inspiração da Natureza, com ternura alentando a existência, volto desse inesquecível passeio, e debruçado na varanda do Tapiri, assisto o impetuoso vento ventando alegria, sentindo-me mergulhado nos encantos da misteriosa floresta, arco-íris de pujante beleza e vigor, lembrando-me com ternura da indelével imagem encantada do Breubranco com seu perfume e força curadora. Com os olhos banhados de lendas, trouxe de volta a alegria e a felicidade que nunca mais sairá de mim nem de você.
Acordei com saudade, tendo a sensação que em sonho visitei um passado distante. Pela pequena janela do Tapiri ouço algazarra de crianças e alegre escuto encantador rumor que fazem, parecendo passarinhos chegando aos ninhos. Pensamentos vagueiam minha mente congestionada ideando lugares e pessoas com imagens surreais que me faz pensar conhecer de algum lugar, talvez de um passado longíncuo.
Creio sim, nesta afirmação lógica, visto que fora desse corpo material, possuímos incomensuráveis atributos e possibilidades que desconhecemos, ou ainda não temos direito de usufruir devido nossa ainda, ínfima evolução espiritual. Quando do sono ao corpo retornamos de quase nada lembramos em razão da matéria densa do corpo que ocupamos. Dessa maneira diz quem procura diferenciar a matéria do espírito.
Quem sabe, caminhando a algum lugar deixarei para traz a triste e sentida saudade! Pensei. A clara e sorridente manhã despertava com ruas quase desertas, embora algumas pessoas caminhassem em direção a uma reserva florestal, resolvi segui-las na esperança de encontrar um lugar para destinar e acalentar pensamentos que afligiam o meu coração trazendo imensa saudade e um sentimento de tristeza que invadia meu ser.
Caminhei entre floridas e zeladas Alamedas embelezadas por Jatobás, Castanheiras carregadas de ouriço, Samaúmas, Imburanas de cheiro, Caranapaúba, Pau-d’arco, Breu, Cajueiro, e tantos outros vegetais que agradam os meus sentidos. Qual criança travessa, sonhando um sonho de alegria buli numa Samaúma admirando sua suntuosidade, meu coração boiava na alegria.
Num doce acalanto a manhã despontava e o vento mimava meu rosto que tinha um sorriso de luz do amanhecer, eu pisava no chão coberto de folhas molhadas pelo orvalho, um gavião-rei pousava faceiro numa pomposa Caranapaúba, e no céu, Araras voavam, certamente em busca do primeiro alimento, e outros passarinhos trilavam com alegria sonorizando e pintando uma exuberante tela da Natureza, e meus pensamentos já vagueavam sem aflição. Nessa caminhada me deparei com um Igarapé de água cristalina onde peixinhos coloridos nadavam e se acarinhando pintavam uma belíssima paisagem. Resolvi então, sentar à sombra de um viçoso Jatobá para melhor observar o aprazível Santuário. Num venerável silêncio comecei a refletir sobre a perfeição da Natureza, imaginando ser no sagrado silêncio que, choramos, sorrimos, nos alegramos, amamos, gozamos e falamos com o Criador.
Folhas verdes conservavam o orvalho da manhã que se derramava sobre galhos caídos, e sobre eles minúsculos insetos caminhavam, e entre tantos, as formigas seguiam minúscula trilha de contornos definidos penetrando nas rachaduras da úmida Terra enriquecida por nutrientes naturais. Eu me encontrava completamente envolvido e embasbacado com a manifestação da Natureza descobrindo um mundo diferente em que eu me envolvera sem sentir nenhuma ligação com o que experimentara antes; a saudade que revelara uma tristeza doída.
Agora, com o pensamento direcionada à exuberante floresta, refletia sobre a perfeição da sublime Natureza numa vibração de Luz Celestial. Raios do Sol penetravam por entre os galhos floridos do Jatobá, e a suave brisa da manhã afagava minha mente tingida de contemplação num esplendoroso acalanto das matas e das águas. Meu ser revigorado vibrava de felicidade e alegria, sentindo um sublime perfume no frescor da manhã.
Uma bela árvore denominada Breubranco se apresentou afirmando que sua resina secretada e queimada poderia ser utilizada para curar; dores de cabeça, insônia de criança espantada, cicatrizar cortes e afastar energias ruins, trazendo as boas. Com clareza Breubranco contou sua história dizendo:
— Nasci num lugar no Norte da África, filho de um mandatário de uma nação pouco desenvolvida que acreditava em vícios malfazejos. Este rei era um homem de grandes virtudes e compreendia as crenças do povo e eu era seu filho conhecido por príncipe Breu. O sábio rei confiou a mim a missão de afastar seu povo da ilusão daquelas crenças. A Natureza havia me concedeu o direito de ser um sensitivo, e ao visitar as tribos do reinado afastava a energia ruim que dominava os lugares e as pessoas, despedindo-a com minha força mental, ainda que praticasse algum ritual era para satisfazer a compreensão deles. Muito sentido com o sofrimento dos súditos do meu rei, um dia pela força da Natureza me encantei nessa árvore que sou, dando continuidade à missão que me foi confiada, afastando das pessoas e, dos lugares, doenças físicas, mentais e forças maléficas, despedindo-as para outras dimensões inferiores.
Com o pensamento sonhando a beleza da floresta, sublime inspiração da Natureza, com ternura alentando a existência, volto desse inesquecível passeio, e debruçado na varanda do Tapiri, assisto o impetuoso vento ventando alegria, sentindo-me mergulhado nos encantos da misteriosa floresta, arco-íris de pujante beleza e vigor, lembrando-me com ternura da indelével imagem encantada do Breubranco com seu perfume e força curadora. Com os olhos banhados de lendas, trouxe de volta a alegria e a felicidade que nunca mais sairá de mim nem de você.