Verdades Loucas
Todas as minhas verdades são loucuras!
São expressões mais caras do meu ser
São pensamentos ocultos à razão,
onde dou passos em falso, caio!
Sorrio um riso frio, estático...
Mantendo nos lábios
Um gesto duro, nervoso!
Permaneço onde paralisado estão os meus atos.
Sobrevivo nem sei como
porque vivo inerte de pensar,
para não piorar o meu caos...
Meus olhos miram o vazio de existir
onde passam, a minha frente,
muitas cenas revividas, comédias,
tristezas, abraços de amigos,
e um grande amor... Que tive,
ou quem sabe sonhei...
Perdi-me sem saber
entre mares revoltos, num turbilhão de
emoções, entre ruas, canções, poesias;
entre luas, entre linhas mal traçadas
ou em simples conversa
descontraída, fui traída!
Sou agora a estrada a seguir,
sem curvas, sem atalhos
sem carona para chegar,
permaneço em sentido reto,
subtraindo culpas, rememorando sonhos!
Planejo meu próprio assassinato,
depois do longo sequestro da minha ilusão,
na noite onde morei, onde pensava, amei!
Esqueço-me de tudo e de todos,
dos meus pensamentos, meus versos,
meu café, a alucinação...
Atiro-me de vez na desesperança,
entre os abraços frios da minha desilusão
e louvo o bem, nos segundos
que me restam, que por milésimos
dos mesmos segundos, me trazem
a mente a luz, uma solução
um pouquinho de razão.