Escrevo, escreverei

Escrevo nas horas calmas as mais tenras e exaustivas letras.

Escrevo com sabor de empoderamento as nossas culturas em cor.

Escreverei com a memória do sangue dos que foram maltratados.

Escreverei com a gota do orvalho o que passou.

Na letra a nostalgia do passado, na lembrança o ardor da luta em vida.

Se a morte me levar, deixarei escrito o meu pensar.

Se a vida me faz, a poetisa da história.

Darei a educação o artigo solene da minha negritude.

Darei em vida a memória afro-indígena de meus antepassados.

Eliene Magalhães
Enviado por Eliene Magalhães em 16/10/2016
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