Escrevo, escreverei
Escrevo nas horas calmas as mais tenras e exaustivas letras.
Escrevo com sabor de empoderamento as nossas culturas em cor.
Escreverei com a memória do sangue dos que foram maltratados.
Escreverei com a gota do orvalho o que passou.
Na letra a nostalgia do passado, na lembrança o ardor da luta em vida.
Se a morte me levar, deixarei escrito o meu pensar.
Se a vida me faz, a poetisa da história.
Darei a educação o artigo solene da minha negritude.
Darei em vida a memória afro-indígena de meus antepassados.