(nova formatação)
No topo daquele morro,
Tem um rancho de sapé,
onde vive acabrunhado,
Triste violeiro calado
É o famoso Zé mané.
A viola dependurada na parede de lasção
num geme num canta agora
Como cantava em autrora,
Nas noites de mutirão.
A historia é triste seu moço...
Mais triste num pode havê...
Foi numa tarde de agosto,
Tapando côa mão o rosto
Zé Mané vive a sofre...
Vendo a muié e o fiinho
Os dois caído no chão
Sem vida dois corpo morto
A fera ali perto solto
A cascavé do sertão.
Levanta Ana Maria
Se acorda meu fio João
Teu pai te trouxe um presente
Meu fio...
Docinho de marmelão
Não deixem o rancho vazio
Se acordem por Deus do Céu
Num deixem este caboclo
Num deixem
Rolando de deu em deu
E a cobra das venenosa
Que mora lá no sertão
Sacode o guiso raivoso, seu moço
Contemplando a judiação
Zé Mané fica bem louco...
Promete num mais cantá...
Pendura a viola côas fita,
Se esquece as moda bunita
Do tempo que ia festa!
Homenagem ao meu amado pai:
+Paulo Rolim (autor).