AINDA...APRENDIZ...AINDA
É que eu tenho uma caixa de coisas guardadas transbordando de amor em mim. Trazida desde o início.
Ela aumenta o esforço que tenho de fazer para levá-la comigo com o morrer dos dias que passam. E eu a abraço como um deus que tem o mundo, mas não tão forte e poderoso.
Estou a perder a dimensão de tudo que carrego. Essas coisas vermelhas e minhas vão assumindo formas maiores. Não sei o que fazer delas. Não sozinho.Apenas a certeza que num dado instante, cinzento ou de sol, o meu tempo fará a sua pausa e ficará estático e assim definido. Por isso elas gritam por alguém - posso ouvir sinos gigantescos que badalam num agudo furioso.
É uma terra do inaudível por onde eu marcho?
Há tantas pessoas aqui. Tantas que junto a mim poderiam compartilhar; fundir-se. Mas também não há ninguém...ainda.