Chamado à Vida

Chamado à Vida

Venham! Por favor! Vamos comigo! Juntem o que puderem, o futuro vira a esquina, sinaliza que não olhará para trás, está decidido varrer mais um bucadinho de estrada com seu traje branco engomadinho. Mesmo fazendo mistério do que acontecerá, deixará acompanhá-lo.

Venham!! Não me deixem só!! Larguem isso aí! Tela morta, sina predita para estagnar, ver atééééééé!!!!!! Pressinto que perderam a canseira do prazer que o anestésico fabrica. Meus companheiros! Olhar pela vitrine o bem estar montado não ajudará. Quando olham o horizonte é somente para o quadrado luminoso de ilusões que não deram causa.

Venham! Está pesado carregar para vocês a intuição que diz que logo depois da curva haverá o fartar-se do degustar frutas frescas e néctar novo. As adegas estão cheias, vinhos guardados para a grande festa, pagar-se-á preço caro por eles. Somente alguns terão a moeda, quem deixou a criança interior trabalhar. Não muito distante fareja meu nariz as fragrâncias que mensageiam preparativos. Tem coisa boa lá!

Não me deixem sozinha aqui! Logo, do bom presságio esgotarão minhas forças pela espera para todos. Sentada neste banquinho iluminado somente no círculo que garante meu entorno, levará minha alma pedir refúgio, terei que atendê-la, mesmo que para partir sozinha, e ao disparate. Futuro não esperará mais que o suficiente, nunca esperou.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 12/10/2016
Reeditado em 12/10/2016
Código do texto: T5789282
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