Não quis

Chovia. As gotas escorriam na janela como criança no escorrega, o som dos pingos tornou conforto levando Luiza abrir-se, como parto sem dor deparou-se para o que tinha nela. Não quis ver, ler, discernir, somente deixou o espelho da alma lançar o que refletia. Esqueceu-se, foi,como descanso sobre águas tranquilas restou somente ao longe ouvir o barulho da chuva, depois alguns pontinhos na janela da derradeira queda se esvair, e o sono reinou.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 11/10/2016
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