Da janela

Da janela sinto o sol queimando as cortinas da minha consciência, iluminando-a para a luz...

Da janela vejo a luz, as vezes apagadas, dos homens...

Vejo escuridão, mas sinto cheiro da clareza mental.

Da janela do meu quarto molho minhas mãos com a chuva da bondade, mesmo assistindo trovões de mentiras.

Da janela sinto o vento batendo no meu rosto como tapa de luva de pilica para minha covardia.

Sinto o cheiro de coisa ruim, mas o aroma da barraca de milho verde do tio Zé faz eu pegar um livro e esperar o dia acabar...