QUAL O PREÇO DO AMOR?
O amor não tem preço, não é, poeta?
E quando tem, paga-se um preço e tanto...
Seja para nele ficar ou dele sair...
Mas, qual o sentido de seu espanto?
O amor é isso... complexo ou simples...
Ou,... complexo e simples ao mesmo tempo.
Porém, não tem mesmo pra ele um preço.
E, quando o tem...
Ah, uma complicada história!
Ele por si, não se coloca a venda...
Mas, somos nós, seres insanos
Que damos cordas para os desenganos...
Restam-nos somentes dele, os 'danos'...
Pois, sim...
Dias e noites de total tortura,
Que mais parece aos olhos alheios, loucura!
Mas, se o amor não tem um preço,
Por que o título indica um valor?
Ah, poeta!...
Fim da linha, no amor, fique esperta!
Tem sempre alguém que perde...
Ou por causa dele, se perde...
Perde-se nas loucuras que fez 'por amor'
Perde-se do quanto se dedicou-se para ele...
Totalmente! E, fatalmente, você é o único perdedor...
O 'preço pago' é metáfora aos nossos ais
De tudo o que se imagina, por amor, você faz...
Por que?
Simples.
Ele, o amor, é às vezes, traiçoeiro...
Ele mesmo, por vezes,
Nos faz de repente, loucos e cegos!
Cegos??? E, loucos???
Sim. Exatamente, sem tirar a venda hora nenhuma!
E aí, poeta! Lascou-se.
Quando você abre os olhos,
Sua conta está altíssima por conta 'desse amor'
E sempre, (raríssimas exceções)
Um dos nós 'desgastamos' por demais
Mais até do que o outro,
Que se vai... e quem fica, se esvai...
(raro não acontecer)
Mas, acontece. Milagres não acontecem por aí?
E porque não poderia acontecer o mesmo
Com o amor, não é poeta?
Poeta que se preza, paga o preço que for.
Por que?
Porque ele é romântico, sonhador...
E, acredita, que em perder ou ganhar a partida
Do 'jogo amor', o melhor mesmo
É ser neste fim, o perdedor,
Àquele que foi pelo amor abandonado...
Por que?
Porque ele sempre encontrará outro melhor ainda..
O outro, quem ganha, (Ledo engano!..)
(Risos sarcásticos...)
O que acontece?
Ah, poeta!
Fica dando murros nas pontas das facas!
Anos a fio... Se cortando e se costurando...
Por que?
Porque nesta vida de meu Deus, só paga a conta
Àquele que deve, e nem sempre o perdedor
É o pato que paga toda essa conta,
No final de sua vida, na trajetória escrita,
Chamada popularmente,
De seu 'Livro da Vida', é você, e ninguém mais,
Quem escreve e decide, qual será o destino
Pro fim do seu livro.... o final feliz, fica por conta
Das noites em claro
Que você deixou-se do amor, cuidá-lo...
Um tempo longínquo
Onde a história registrou-se na memória
Sua falta de sinceridade para com o amor...
Que é a base e o alicerce de toda amizade, o amor...
E, por falar de amor, todo mundo sabe, que ele nasce
Do primeiro olhar, do primeiro toque de peles...
Da primeira troca de olhares...
Ou quem sabe,
Num afetuoso e inocente beijo
de seu melhor amigo...