Vento Singular
E nessas coincidências que acontecem de vez em quando na vida, eu te encontrei. Como uma tarde de vento que sopra e insiste em bagunçar o cabelo. Suave contentamento, realça o sorriso.
Não sei se é brisa, acalenta a alma. Ou ventania que muda de lugar sem que nem se perceba. "Às vezes só tenho a impressão que estás presente, tal qual uma corrente de vento que sopra singular. Uma ilusão, desejo meu ou falsa impressão, talvez", você me disse.
"Como o tempo custa a passar quando a gente espera! Principalmente quando venta. Parece que o vento maneia o tempo", definiu Veríssimo.
O vento envolve e abraça. Gostaria que fosse você.
A brisa afaga. Gostaria que fosse você.
"Assovia o vento dentro de mim. (...), e sou o vento, que bate em minha cara", disse Galeano.
E nessa de brincar de ser vento em versos, me faço brisa, chego até você. Me revisto de fôlego para mergulhar no teu olhar.
Sou vento que sopra. Sou poesia que transborda. Até você...