Era um dia qualquer e você chegou
Era um dia qualquer. Dia quente de verão.
Em uma aula qualquer. Eu te vi e meus olhos, desde então, te procuravam. Ansiei pelas quintas-feiras, como se espera alguém que chegará no próximo desembarque.
Conversamos em silêncio.
Foi como uma brisa suave, de fim de tarde de verão, que abre a porta suavemente. Que convida a vida a contemplar o pôr-do-sol.
Era uma noite qualquer. Das noites frias do final de agosto.
Você inspirou o primeiro poema. E assim tem sido. Fui mergulhada num oceano de inspiração em palavras incontáveis.
Foi como uma ventania, dessas que antecedem a chuva e trazem o cheiro de terra molhada. E fazem com que as folhas saiam dançando em sincronia.
Hoje é um dia qualquer. Sorrio desprevenida. Sorrio de uma maneira que você perceba. Sorrio de uma maneira que você tenha certeza que estou pensando em você. Sorrio com a esperança que você perceba. Sorrio e espero pela sua aproximação.
E espero pelo fim de tarde. E espero pela hora de te encontrar.