Desculpe o transtorno, mas preciso falar de mim.

Do sexo feminino.

Nem criança, menina, garota ou mulher. Diria que todas elas me compõem de acordo com o contexto, com meu bom senso (que é meu, consequentemente não é seu), com minha opinião.

Sem limites. Ou melhor, nada me é imposto, eu somente me imponho, nada nem ninguém mais. Cheia de amor, carinho e caridade, flexível feito uma bola de chiclete, mas rígida feito pedra acerca da essência do meu ser.

Canto, danço, bebo e rio. Não são os outros, sou eu. Não é o que os outros pensam, mas o que eu sinto. Aparecida. Esse devia ser meu nome. Acho que Ana Paula foi um erro de digitação. Meu jargão: se não for pra causar nem vou! Kkk

Meu lema: viva como se fosse o último dia, ame como se não houvesse amanhã. Desastrada, rainha das “bola fora”, não sigo moda, não “faço as unhas” e não uso base, só o rímel, protetor solar e um batom vermelho.

Falo o que não deve ser dito, acredito no que não se crê, faço o que alguns não fariam. Algumas leis eu sigo, outras eu criei (talvez algumas a meu favor (mas fazer o que, neh?)).

De criança mudei muito (ou pouco). Agreguei lições, mas com o que nasci fiquei. Juízo e jeito foram as bebidas que menos provei na vida, gosto mais dos vinhos, cervejas artesanais e conhaques. O tédio não me pertence. E já quis mudar confesso, mas descobri que, simplesmente, algumas coisas você muda. Outras não. Felizmente ou infelizmente. É a vida.

Já senti falta de mim e não me reconheci e, as vezes pergunto, cadê você? Tenho um medo de ouvir: morri! Eu hein rs

Das coisas que eu gosto da vida, algumas copiei, outras descobri, algumas eu que criei. De tudo o que vivi pouco me arrependi. De tudo o que sonhei, acho que pouco fiz, mas no que eu acreditei eu lutei. Até o fim. E veja: desistir as vezes é fruto de muita luta. Muita.

Não sou famosa mas, meu bem, não se iluda, para sua ciência e menor índice de insatisfação, não sou bela, nem recatada, muito menos do lar. Sou o contrário. Recuse ou aceite, não se sinta obrigado.

Meu nome é Ana Paula, devia ser Aparecida, mas na verdade, sou Gabriela.