SEM DESTINO
SEM DESTINO
Andei sem destino procurando minha amada e já era de madrugada as luzes das avenidas estavam todas apagadas
Fiquei horas meditando e pensando a nossa vida passada os invejosos diziam que o nosso amor era gelo que se desmanchou e acabou em nada.
De longe eu via a sua casinha triste, abandonada e toda fechada.
No varal do quintal roupas penduradas no meio delas uma blusa que eu mais gostava da minha amada.
Minha saudade era grande, tornei a minha vida amargurada Já faz tempo que nos amamos e para em sua casa chegar fiz muitas caminhadas.
Para chegar a sua casa não tinha hora à saudade era grande para vê-la não tinha hora marcada.
De casaco preto me recebia com feição enamorada, ali nos abraçávamos sem que ninguém visse nada.
No mundo tudo passa a saudade, a alegria, mas a sorte é predestinada.
Mesmo te amando você se casou com outro e tive que seguir a minha jornada.
Você acenando lá na beira da estrada dizendo adeus caboclo fagueiro você é uma rosa branca perfumada.
Tem gente que não gosta de violeiro, de sanfoneiro, zabumbeiro, mas em meus braços essa viola será sempre lembrada.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES