Condenado
"Você pode me dizer o que quiser" - Eu não disse, eu não disse nada, mas meus olhos acusavam. Ela apareceu daquele jeito entorpecente, que eu jurava com unhas e dentes já não me afetar mais. Algumas coisas são pra sempre. Aqueles olhos cristalinos na minha frente, aquele cheiro, aquelas curvas, e mil pensamentos indecentes. Ela se aproximou dissimuladamente, me impedindo de ser racional e prudente. Eram mais do que beijos ardentes, desejo de pele, fascínio de mente. O mais arriscado e menos conveniente, mais avassalador do que complacente, na verdade era o tal do amor. Amor este que é sorte, que é morte em vida e vida em morte. Amor este que mesmo pecado acima de tudo é sagrado. Amor tão forte que se for crime, sempre estarei condenado.