P'RA NÃO MORRER COMIGO
P'RA NÃO MORRER COMIGO
Vem adocicar minha teimosa diminuição
confusa da beleza por que tenho
medo de morrer sentada
vem dizer qualquer coisa pode vir
me dizer sobre o nome daquilo
que forma cores nas nuvens
eu posso eu quero te ouvir dizendo
a voz de dentro é minha alma
presa nas correntes marinhas
aquelas que choram sem mágoas
que prendem por gostar do tranquilo
paraíso metamorfoseado mais humano
mais positivo é a soma do encontro
enfrentando um combate mortal
contra ideias que vem sendo
bobas eu creio loucas entendo
covardes por isso peço teu conselho
não dizendo que preciso
e vou terminar sorrindo não te ouvindo
encontrar uma saída não remediada
eu penso que me escondi
refletindo nos teus olhos vejo
meu mundo caótico lá fora
embora pareço carente pedindo ajuda
vai ser uma vitima criada sua
não desenhada por mim
é que estou muito crua atordoada
a cor da frustração me incomoda
porque ela é tão viva tão nociva
que me enrolo feito espírito
na tua volta possuindo o que
disse aquele dia sobre amar
permita que eu me cubra de um pouco
de tudo que é tua verdade íntima
que menina caio semblante inteira
apesar de estar deprimida
eu ofereço de fato este espaço
que motivou estar aqui querendo
estar perto
desculpe o motivo ele não quer
ser um crime pedindo algo
ele veio ser mimado p'ra
não morrer comigo
ele deve ser teu inimigo
aquele amigo que traz bobagens
pensando ser coisas interessantes
aqueles ditos ofegantes vicissitudes
com pernas dançantes
por favor despreze depressa
e deixa lembrar que somos
desde sempre amantes!?
MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - I cover the waterfront