manhãs de releituras

e sempre há uma releitura. sutura dos fatos. das feridas agudas de sofrimento. e as releituras não calam a dormência dos altos índices de audiência. demência. eloqüência demais para tantas hipocrisias. e quem as mantinham fora do curso? fora da hora de ninar para dormir? mamãe morreu quando eu ainda era pequeno. e não deu tempo. não deu tempo. só carinho alimentou a ânsia do menino de saber do mundo frio que o aguardava antes de partir. ‘dava pra ver o tempo ruir, cadê você que solidão’... uma releitura do que me aguardava. e a cada. a cada. vi irmãos. pai-mãe presente num corpo só. e ó, vê aquele sorriso que brilha ao abrir a porta? é paulo, ele que me acorda às todas as manhãs de releituras aportas.

Quaresma
Enviado por Quaresma em 23/07/2007
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