O RIO CAUDALOSO
É um belo espetáculo da natureza, digno de admiração a quem observa. O observador sentado a beira desse rio nota que dia e noite corre sem cessar, murmurejando em som contínuo como uma cantiga de ninar, como um relaxante que tira todo o cansaço de toda labuta diária, regula os pensamentos mal resolvidos, dando a clareza da mente.Sentado à beira observando o correr das volumosas águas serve como uma terapia para a alma, ele é o maior analista sem precisar contar nossas angústias e ouvir conselhos de analistas.
Cura também a dor do amor, do amor não correspondido, do amor perdido, do amor de um ente querido que partiu recentemente.
Nesse rio vivem todas as espécies de peixes e de outras vidas aquáticas e pescadores fazem romarias em busca do almoço do dia ou de um troféu para exibir aos amigos, ou aqueles profissionais que pescam para vender e ganhar a vida. A vegetação à sua orla é rica em variedades de madeiras nobres, com pássaros cantores e sombras aos pescadores.
Esse rio, que raramente baixa muito a sua vazão, abastece muitas propriedades ribeirinhas, inclusive para irrigar hortas e plantações.
Nesse rio passam e guardam muitas recordações de tempos idos, de tempos felizes e de outros nem tanto, também mágoas do passado.
Um solitário, sentado à sua margem pode ficar horas observando os barqueiros e tudo o que desliza pela sua ligeira corredeira, como objeto ou brinquedo antigo jogado para se desfazer de tristes recordações.
O rio corre sem parar, sereno, impassível, levando queixas, lamúrias, também felizes lembranças, indiferente aos acontecimentos. Há poucos trechos em que existem pequenas quedas d’água, e alguns afortunados banhistas as usufruem para aplacar o calor do verão e arejar seus pensamentos.
Vivam os rios, pequenos e grandes, dádivas da natureza, com sua exuberante beleza e suas ricas e úteis vidas aquáticas.
A água é a essência da vida.