QUANDO DEPOIS VOLTARMOS
QUANDO DEPOIS VOLTARMOS
Convenceu-se do que ontem
quando íamos correndo perdendo
um tempo que poderia causar
um destino diferente no meio da estrada
que pressa atrasada sem desejos
uma pressa causada um disfarce
naquilo que te parece estranho
eu deveria tê-lo parado no final
de uma ruela que corria feito rio
ao desconhecido no seio das ervas
plantadas aromando abelhas
e outros insetos com certeza pelo
inferno não íamos pecar em nada
e agora vejo que pelo desejo de causar
eu espero voltar mais do que
estar entre teus amigos
e alguns parentes sorridentes
pela festa que engole o mesmo
tornado coeso com as alegrias
despontadas nos enfeites
nas doses adequadas de cores
e crianças nas loucuras passeando
ao relento da manhã que consola
menos eu divertindo minha máscara
do que a carne e sangue deixados
como que p'ra depois
o final está perto de acontecer
anoitecer luas nos olhos
vai ser de propósito que vou
derrubar-me no teu colo
abrir tua cintura sem demora
deixar a verdade sair
num trash-rústico de solo
poeira marcando corpos
e o sexo é a única conversa
que o perigo da noite na relva
se faz com vontade estridente com raiva
por que a gente está quase lá
tão rápido voltando ao normal...
Música de Leitura: Billie Holiday - Stormy Blues