Mazelas

Sei de minhas mazelas e das curvas de rios
que fincaram raízes no coração, tragados
por folhas à obstruírem caminhos.
Se o espanto também me pausa,
se moinho meus delírios em lutas sem chão...
se a paleta da vida não cria
obras de arte de minhas vertigens...
não é porque meus dedos
não conhecem o barro da tinta que me faz,
mas porque em minhas (in)lucidezes,
talvez, talvez... também não
me traga mais dentro de mim...