Maria sem vergonha

Oque senti quando me procurou

Com voz suave e a liberdade

Nos sonhos que adormeceram

Sinto falta do cheiro

Deixado na noite de verao

Bem me lembro

Quando pusestes correntes

No meu coração

Nao nego que sofri

Dois anos talvez de agonia

Nem morte nem a vida

Naquele corpo surrado

Existia

Alem das marcas de um

Passado,

Amarrotado pendurado

No meu armário

Cheguei ao fundo

O corpo suado dos

Tremores da paixão

Hoje libertas

Trago na lembranca

A dor de um amor

Que nao tardou

Outro no lugar

Grosseiro jeito do sujeito

O amor é de vento

Sopra longe

É no topo da serra

Que cae uma folha

De uma flor de liz

Maria sem vergonha

No meu jardim...

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 25/08/2016
Código do texto: T5739978
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