PLATÔNIO QUER A FLOR - eND
PLATÔNIO QUER A FLOR - eND
Navegar de volta ao espectro
de toda causa diversa na mente
não pode ser considerada nada
além do mágico instante do amor
um calor que sobe permitindo você
nascer p'ra depois morrer de paixão
estórias de glorias que
ficam intocadas porque ainda
está recluso sem o corpo
nem o corpo sente a possível frieza
que está vindo olhando rindo
divertida esta maneira de entrar
de volta na minha vida
pensei que fora num pesadelo
que vertia até mesmo gotas de sangue
escorridas dos olhos
eu desejei profundamente
quando morto do cansaço
que abraça o convalescido de status
quando ela passou abordou um fraco
que forte seria alguém
que ama que morre de amores
de um único luta encarnecido
encarnado tornado circulo no ares
derrubando toda tentativa
de ver tudo ao redor como fábula
ante a bussola que responde
pelo apelido de Vênus de Milo
porque traia-me de origem marcante
ainda "ouço" teus braços sensíveis
teus incríveis laços fraternos
quando no inverno depressivo
deitava no altar que era teu colo
sobre minha dor de mundo
vaga-mundos retarda violência muda
entre os perdidos de alma
estava procurando uma saída contrária
começar um novo endereço
requer ela pra estar me esperando
e continuando amores sem sabor
sem cor vertigens do passado
agora defendo minha certeza
pela beleza do rosto no proposto
que acaba de ser entregue
acostumei-me tanto ao desgosto
que ir embora trazendo mágoas
será ir também embora verdadeiro
inteiro despedaçado por dentro
no centro de tudo do absurdo
meu coração pulsa
e está loucamente debulhado
por que amor insiste em ser cego
e o ego desafia gravidades
e as idades que passam dissolvendo
as "guardas" por sombra da bandeja
trazendo seu drink enfeitado
está meu bilhete dobrado debaixo
que vai colado desapercebido
manchando escritas sinceras
da solidão e do entendimento
fragmento pequeno devorado
o matriê passa insularmente olhando
qualquer coisa distraindo
parece mal dizer meus pedidos
amigo quem sabe pudesse ouvir-me
devorei insanamente todos os pecados
que o mundo deu-me
e lhe dei minha passagem ao fruto
que conduto sensível estavam
escritos perante todo bom juizo
não vim beber as alegorias do falso
e o descaso deixa um vento maldito
ela percebe o papel diferente
de todos pela aparência colorida
o que abre estranho causa espanto
logo a procura extrai do silêncio
uma fonte avulsa que pode por repulsa
ter-me diante do ódio
mas a causa de seus olhos
é ainda uma pergunta florida
num instante protegida vendo
que o perfume deixado nos bolsos
das roupas não foi de propósito
nada foi um acaso ter me visto
desgraçando contraindo-me louco
do perverso insignificante
p'ra vir buscar quem amando
foi quem me trouxe de volta a vida
a luz que não ofusca brilha nos olhos
eu vi ela iluminar meu recado
eu havia debruçado-me
como quem reza sem fé nenhuma
ela está saindo rápido com o copo
entre as mãos então detida
por favor senhorita deve deixar isto
quem escreveu este recado
que molhado mal consegui entender
foi aquele senhor sentado logo ali
perto das mesas ao lado das paredes
desfaz o primeiro corredor das aparências
e a essência perdida encontra
um coração ainda perdido
quando olho para traz
ela está sorrindo chorando
pedindo porquês respondidos
no meu sorriso franco apaixonado...
...a plenitude dá seus passos devagar
parando fitando o homem
que sou eu quase criança
infantis brincando de flertar
de beijar estamos na brisa das lágrimas
do luto que é tão salgado
quando estamos juntos
dizendo morrerei de amor
se morrer de mim
se ficar assim estaremos em fim perdidos!
MÚSICA DE LEITURA: Lautmusik - Tree imaginary Boys