Lápide de Papel.
Olho para a folha de papel em branco
Rabisco um verso
E enquanto outros não vem
Eu os espero com
pequenos riscos,alguns desenhos bobos.
Olho pela janela como que pedindo ajuda ao Céu
Já não consigo escutar
A Harpa dos anjos
O canto dos pássaros
A canção dos rios
O silêncio das pedras que falavam tanto comigo...
"coisas de poeta"!
Com ele aprendi que palavras escritas
respiram e saem para passear nos
corações dos homens.
Pela Lei da Eternidade...
o poeta em mim não deveria morrer jamais.
Mas a folha em branco é a sua lápide de papel!