QUANDO TU FICAS QUIETO
QUANDO TU FICAS QUIETO
Cresce um sonho diamante proposta
conversa comigo através do vidro
destes olhos benditos colhendo-me
será mesmo que preciso ser tão amável
quanto poderia ser indiscreta
confundindo teu rosto em direção
ao que por fim pede começo
deixando magoado num abraço
tem dias tolhidos que fico
frígida frágil enfeitando
consolando-me sozinha
com um daqueles amigos que trazias p'ra jantar
distraídos pelo me sorriso
comunicando toda fala
no vestido que cortava argumentos
e momentos de estar ao teu lado
mentiam perdidos na sala
está fazendo um verão de inverno
vamos curtir o mundo do térreo
caminhando na luz carente da lua
que demora entre as nuvens
por que o vento está mais forte
agora aqui perto no solo
que canta sobre o chão de umidade
intrínseca perseguindo-me intimindando
meus passos precisos fechando
aberturas que promovam
comovam teus laços fraternos
com meu inferno que era profundo
eu fui tão maleável na verdade
eu queria ser a viagem da aventura
e o que é covarde como criatura
monstruosa e selvagem
é precisamente este controle
sobre o terno de pele que vem
pra cama usando
prefiro o abuso da fome
prefiro este outro nome ladrando
que disfarça pra ser esposo da serpente
o costume é intragável
costuma ser amigo para sempre
confunde um amor uma dor de carência
pela paixão do ambiente criado
eu devia tê-los amado
quem sabe o diabo entre as ninfas
termina comigo incrimina os indícios
da fraqueza humana que me apavora
quando tu ficas quieto?
MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - Stormy Blues