PLATÔNIO QUER A FLOR 7
PLATÔNIO QUER A FLOR 7
Aroma doce do que amargo ficou
sendo minha glória passada
nas trevas das luzes que alteram
inteiras juizas da intolerância próxima
da ganância do retorcido de alma
quase aceitando o compasso
do abismo próximo como dádiva de amor
eu estava errado eu estava longe demais
do pouco que restava
do tanto que eram minhas sobras
p'ra ser o que pretendia
p'ra ser o que haveria de ser
eu queria conhecê-la como aquelas
blusas aquelas roupas intimas
estar preso de verdade tendo êxito
avesso das dobras do espírito
entro no velório do mendigo
como um inimigo impaciente
queimar as cinzas de um corpo
que pelo sopro que viveu
morreu do mesmo jeito sem voz
na foz do novo rio violento
correndo nas veias como demônios
serei o homônimo de outro
quem sabe aquele louco libertino
que subia nas paredes do castelo
p'ra roubar-te de tudo que te afasta
que nefasta e bélica acusa-me na aparência
criarei ramos cobertos de flores exóticas
a curiosidade incomoda os olhos
vou de incômodo como encontro
provável permitido invariável único
a surpresa é sempre desagradável
quem se ocupa do segredo
traz também um medo que dilacera
a certeza do orgulho
é um mergulho em águas rasas
é da força do amor que está o poder
de fazer-se presente de algo
o "desconhecido é maldito"!
MÚSICA DE LEITURA: TY SEGAL - Sleeper