SANGUE NA PONTA DO DEDO
Vontade de soltar umas bombas, de dar uns tiros, matar algum canalha destes corruptos que frequentam as páginas de jornais. E mais:
Quebrar umas janelas, tacar fogo em algum templo, pisotear quem impera, meus tolos dias banais, vomitar seus defeitos em cadeias nacionais.
Quem dera marcar a fogo a ovelha tola indefesa, que nada sabendo grita e o grito é de certeza, Em Buda, em Jesus Cristo, em Maomé, em igreja.
Vontade de tudo acabar, por um fim, eis meu desejo. Depois, enfim, dorminhar e acordar amanhã cedo com sangue na ponta do dedo.
Com sangue na ponta do dedo...