Caótica

Quantos cigarros precisarei fumar para te matar dentro de mim?

Quantas cervejas?

Quantas festas?

Quantas músicas tristes ou alegres precisarei ouvir?

Quanto tempo essa segunda-feira ficará reverberando dentro e fora do meu peito até que tudo isso se esvaia?

Se meu desejo de ser livre ao seu lado, se contrasta com a liberdade que preso, acredito e que estendo ao meus e seus desejos,

postos tão às claras na mesa

E desde sempre tão ambíguos.

Não, não pedirei que fique.

Não pedirei que parta levando meus mal resolvidos expressos em grosseiras frases expostas.

Dessas palavras que me aceitam, muito mais que eu a mim.

Mas direi apenas que minha pele já carrega a ausência da sua.

Nas minhas palavras e pensamentos, o exagero exato, que já me é familiar.

E que todas minhas sínteses e teorias vêm se tornando obsoletas ou quase dogmáticas.

Sigo mais arranhada e repetitiva que os refrões pop que tanto critico das músicas das rádios Fm.

Mais partida do que a minha vontade de ficar.