carta I
O que sente a sua alma
É tão profundo e delicado
Que em papel tinteiro e pena
Faltam-lhe as palavras.
E não há vela que clareie
E traga-lhe a luz
Da inspiração
Sobre a escrivaninha
A chama ateia
A emoção que a acarecia.
Assim, lentamente,
Caem as suas lágrimas
Sobre a sua carta
De invisíveis linhas.