Julho...

Finzinho de domingo

Últimas horas do mês de julho

Mês em que nasci em 1970... lá se vão 46 primaveras

Vi tantos Jasmins e Margaridas nascerem

Uma infinidades de Cravos e Rosas Murcharem

Muitas ervas daninhas a esconder-se em meio aos trigais

Muitas terras pedregosas machucaram-me as mãos

Outras tantas terras férteis acariciaram-me os pés

Driblando as reticencias

Superando os paradoxos

De menina roceira

Me fiz mulher "meio filosofa"

Ando até a brincar de juntar palavras

Quebrar rimas, fazer versos

Ensaiar cantigas de ninar para fazer dormir meus filhos

Declamar poemas para um amor platônico

Pós balzaquiana sigo os rastros da Aurora

Aquela de tranças de ouro e dedos de rosas

Rescrevendo à Homero minha própria odisseia!

Recebo Agosto de braços, coração e alma aberta!

Lúcia Peixoto
Enviado por Lúcia Peixoto em 01/08/2016
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