À deriva
A única coisa que eu sou
sou eu.
No mais não sou nada,
nem ninguém.
Melhor do que mal acompanhada
Aqui, aquém
de minha verdadeira jornada.
Pura,
essência,
parte do tudo e do nada.
Será que eu existo?
Insisto.
Eu sim.
O Ser não deveria,
o Estar é bem melhor companhia.
É dito e desdito,
não tem obrigação,
catre,
prisão.
Já estive.
Hoje não mais,
estou livre.