Erval erudito...

Veleiros vêm à tona................................ à tarde

degustamos o barro das rodas dessas embarcações

ora ora, gênesis da geofagia?

Ah, nem todo rio

tem seus pés no miolo da mesopotâmia

tampouco todo tolo tem

a ossatura entre rios...

Além disso:

erva dos paralelos utópicos

meridiano do ervanário tropical

parcos astronautas ao chá de erva-doce

outros, às lápides feitos o lelé-da-cuca...

Como? quando? donde...?

a esmo Sônia indo com insônia

Ó surpresa dubitável!

duro delírio desses deuses desordeiros

tumba dentro das velhas caveiras

como sempre, herdeiras

........................................ da nau fora de órbita...

Repentinamente... mentes dementes

o gado gordo pula fora da gangorra

haja batida das portas ao vento

Oh! cucos-de-vento porta a fora!

Já na masmorra...

éguas a cavalo; damas e valetes

às lágrimas do Titanic

tudo com couro de crocodilo

Dali....................................... a El Salvador...

lírios e girassóis ao lombo de lesmas

na mesmice da vernissage

neste tosco pensamento

jaz betumado por raras...

Evas-daninhas.

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 29/07/2016
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